Ok! Depois de várias tentativas infrutíferas de voltar a escrever, aqui estou eu... novamente disposta a recomeçar... mas desta vez não vou apenas tentar. Me disponho a dar uma faxina geral neste canto e deixá-lo em dia.

Afinal, ele conta um pouco da minha história, do que eu sinto e do que eu sou, e não pode simplesmente ser abandonado. É uma relação profunda demais para ser deixada de lado.

Pois bem, vou começar falando um pouco de fatalismo. Fatalmente, diante de tudo o que eu tenho visto e ouvido por aí, tenho pensado que a nossa humanidade não tem jeito mesmo. Que o certo seria dar um fim na gente e, se for o caso, começar tudo de novo... do zero. Daí começo a refletir profundamente sobre isso... e me lembro que, desde tempos imemoriais, a humanidade tem agido de forma bárbara, exatamente como hoje. Então me dou conta que somos e sempre fomos desse jeito, bárbaros, violentos, amorais... não importa o nível tecnológico que possamos alcançar, somos o que somos. Não é o nível de tecnologia que dita o grau de avanço moral de uma civilização. Podemos ter o controle de todo e qualquer tipo de máquinas, podemos melhorar a forma de fazer as coisas, podemos aprender a poupar trabalho e recursos, mas a humanidade continua mantendo o mesmo nível de barbaridade de nossos ancestrais mais remotos. E cheguei à conclusão de que é justamente isso que faz de nós a "humanidade" que habita esse pontinho azul vagando no infinito. Esse barbarismo é a nossa identidade.

Veja bem, não estou dizendo que esse comportamento é certo... nem que é errado também. Estou afirmando que é o que faz de nós o que somos. Se queremos ser assim, são outros quinhentos...

Então, parei de julgar... e entendi o comportamento do Buda, de amar a humanidade da forma como ela é, sem que com isso tenha que concordar que ela seja assim... tanto é que ele buscou uma maneira de transformá-la em algo melhor. Tentou fazê-la entender que, se buscasse um caminho de evolução, principalmente moral, poderia ser feliz e se livrar do sofrimento que a conduta atual lhe causa.

Assim, compreendi o que é o amor. Amor não é querer que uma pessoa seja perfeita para você. É gostar dela pelo que ela é e ainda assim querer que ela seja melhor, por ela mesma, para que ela se sinta feliz consigo mesma, e extirpe o sofrimento que ser o que ela é hoje pode lhe causar.

É, tudo bem... é um lance meio confuso... vou queimar um pouco mais de massa cinzenta...

0 comentários: