Esses dias fiquei muito sensível.

Me bateu uma saudade enorme dos meus tempos de infância e adolescência, dos meus amigos de escola, enfim... daquela época da vida em que a gente é feliz e não sabe (frase mais clichê!), que não tem preocupação com absolutamente nada além de estudar e ser socialmente aceito.

É, eu sei que na adolescência principalmente, os problemas da gente ganham dimensões muito maiores do que realmente têm, mas infelizmente a gente só descobre isso mais tarde, quando já passou por tantas coisas na vida que acaba entendendo que é muito mais forte do que realmente imaginava.

Nessa fase da vida a gente pensa que tudo é decisivo, preto no branco, que se não conseguir o que quer ali, naquele momento, depois não vai ter mais a oportunidade de conquistar. A gente pensa que nunca mais vai se apaixonar por outro garoto além daquele que a gente só vê na hora do recreio da escola ou na saída, ou na aula de educação física. Fica suspirando pelos cantos e se um dia o menino nota que a gente existe e vem e fala qualquer bobagem, pra gente é a coisa mais importante do mundo... digna de páginas e mais páginas escritas na boa e velha agenda.

Bom, na minha época era assim... me parece que hoje em dia as coisas são um pouco diferentes. As meninas são mais... digamos... corajosas e costumam tomar a iniciativa quando gostam de algum garoto. Talvez seja melhor pra elas, mas sinceramente, eu gostava muito daquela sensação de coisa inalcançável, num pedestal, do coração disparando quando o objeto de desejo passava na nossa frente, das páginas escritas na agenda... enfim...

Bom, tomada por esse sentimento de nostalgia, resolvi procurar pelos meus velhos amigos de infância. Então entrei naquela boa e velha ferramenta de relacionamento chamada Or*kut (o asterisco é porque o computador em que estou escrevendo faz parte de uma rede que bloqueia esse site). Foi um verdadeiro brinde ao meu saudosismo. Entrei em contato com pessoas que fizeram parte da minha infância e adolescência e com quem, por diversos motivos, eu havia perdido contato.

Fiquei muito feliz em saber que muitas delas já têm suas próprias famílias. Pessoas que eu conheci com 7, 8 anos de idade, e que já têm seus maridos/esposas, filhos, empregos... às vezes a gente esquece um pouco que o tempo está passando pra gente e pra todo mundo. Acha que o tempo parou e que a gente pode retomar os relacionamentos de onde parou. Até pode, mas a vida, sua e daquelas pessoas, já mudou completamente. E aí você se dá conta de que, se não cuidar das amizades, a vida acaba e elas não voltam mais.

Não encontrei todo mundo que eu procurei, mas encontrei pessoas que foram muito importantes na minha vida, amigas de infância e com quem quero muito manter contato daqui pra frente, até mesmo para relembrar momentos vividos junto com elas. Histórias que me ajudam a perceber quem eu sou. De verdade.

1 comentários:

Azrael disse...

essa saudade que bate as vezes eh tao saudável...

olhar com olhos de ternura para o passado faz com que olhemos o futuro com mais esperança